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Banho no Mar Morto em Israel

Depois do almoço no próprio espaço turístico de Massada, chegou a hora de se deslocar à Kalya Beach, uma praia com infraestrutura de balneário para banho no Mar Morto em Israel e sua interessante localização a 500 metros abaixo do nível dos outros oceanos da Terra. Pessoas de todas as idades encaram as filas nos vestiários e diante dos armários com chave (que você paga para utilizar) para experimentar as águas medicinais do mais salgado mar do planeta. Pelo menos 30% da água é composta por sais minerais, fazendo com que não haja vida, exceto de bactérias e microalgas que conseguem se manter no ambiente. Tente afundar! Esta missão é praticamente impossível.

A lama do fundo carrega benefícios à saúde. Diferentes tipos de doenças de pele são tratadas com este material, incluindo a psoríase. Também faz bem às articulações e dezenas de estudos científicos comprovam a eficácia deste tratamento em diferentes áreas. Após o banho no Mar Morto em Israel, dá para aproveitar a estrutura com bares, restaurantes, lojas de souvenires e quiosques que vendem produtos estéticos e de beleza feitos com a lama e a água do Mar Morto.   Ou seja, é possível muito mais na região, além do banho no Mar Morto em Israel.

Jerusalém é onde história e modernidade se misturam

Os 10 mil quilômetros que separam o Brasil de Israel são suficientes para se criar um cenário de misticismo sobre as diferenças entre ambos os países. Uma viagem por Israel é a prova que precisamos para ter certeza de quesitos como segurança, já que as notícias sobre o país do Oriente Médio que chegam à imprensa brasileira estão mais relacionadas às discussões sobre disputa de território com a Palestina. E este tema é comum na cabeça de quem encara os milhares de quilômetros para chegar ao Oriente Médio. Embora seja menos presente no dia a dia de quem está lá do que realmente se possa imaginar, pelo menos atualmente.

É bem comum ver soldados nas ruas com armas em punho, principalmente em Jerusalém, capital do país, já que o serviço militar é obrigatório para rapazes e moças entre 18 e 23 anos. Os jovens participam durante cinco anos das atividades militares, ficando aptos e disponíveis para defender Israel de qualquer problema.

As várias religiões de Jerusalém

Jerusalém, que está entre as mais antigas do mundo, tem a difícil missão de ser uma cidade sagrada para três diferentes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo. Os judeus consideram como principal representação o Muro das Lamentações, sítio arqueológico da Antiguidade. Para os cristãos, fatos históricos como morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo tornam o lugar sagrado. Já os muçulmanos acreditam que o monumento Domo da Rocha e sua cúpula dourada destacada na paisagem local (que representa o lugar onde Maomé foi transportado por um anjo), reforça a representação da religiosidade.

Há pelo menos cinco mil anos Jerusalém é habitada. No ano 1.000 antes de Cristo, o rei Davi criou a capital do reino judaico de Israel, até o registro de destruição pelos soldados da Babilônia em 586 a.C. obrigando muitos judeus a deixar a região. Este primeiro registro de guerra se repetiu ao longo dos tempos como bem sabemos, graças à divulgação na mídia.

Mas voltando à parte turística, visitar a Jerusalém antiga é retornar ao passado. Ao adentrar o muro de pedras, tem-se a real noção de como viviam os povos antigamente e passa-se a reconhecer em cada trecho um pedaço da História. Caminhando pelas ruas estreitas, é possível ter a noção exata do percurso em que Jesus carregou a cruz até onde hoje está situada a Igreja do Santo Sepulcro. E tem muito mais para se ver na cidade, considerando também a chamada Nova Jerusalém.

Território palestino em meio ao mapa israelense

Em meio ao território de Israel, Belém e Jericó são cidades com administração palestina. Entrar e sair requer autenticação nos postos de alfândega. E o acordo é que somente guias palestinos atuem no local. É uma forma de garantir que os somente 30% cristãos que vivem por aqui tenham uma fonte de renda com a atividade turística. Belém mantém os lugares mais reverenciados da Natividade. Foi onde Jesus teria nascido e onde Maria, ao amamentar em uma caverna, derrubou seu leite nas pedras escuras que teriam se tornado brancas e claras, como estão até hoje. Há uma igreja também onde os três reis magos avistaram a estrela que anunciou a chegada de Jesus e os guiou até onde estaria o bebê, para que pudessem prestar homenagem e entregar os presentes.

Saindo de Belém rumo a Jericó, encaramos mais um trecho pelo deserto. Tudo para visitar a mais antiga das cidades mantida povoada continuamente desde os tempos mais remotos. São cerca de 10 mil anos de história, segundo os sítios arqueológicos encontrados na região. Localizada a 500 metros abaixo do nível dos oceanos, tem cenário desértico, mas clima e água suficientes para garantir a produção de frutas e verduras. Raridade aqui é chuva. Somente uma semana por ano são enviadas gotas do céu. Tive a sorte de presenciar um destes dias.

Jericó é citada nos Antigo e Novo Testamentos como o lugar onde Jesus teria retornado depois de 40 dias no deserto, sendo tentado pelo diabo. É possível visitar as escavações onde foram encontrados os vestígios da cidade antiga, ver do alto os arredores e o Rio Jordão, entender o modo de vida da atual população. Jericó fica a cerca de 30 quilômetros de Jerusalém e estar no dia a dia de uma das mais antigas regiões do planeta é algo que só uma viagem a Israel pode proporcionar.  

CONTEÚDO MULTIMÍDIA – RICARDO RUAS, jornalista e viajante que ama viajar barato e conhece 38 diferentes países e continua contando!

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