Escola oferece alfabetização na língua materna e em mais de um idioma escolhido
BLUMENAU (SC) – O ensino bilíngue virou tendência nos últimos anos. Com o aumento da interação social, das facilidades de comunicação e a globalização, pais e estudantes têm buscado cada vez mais o sistema que insere mais de um idioma na Educação Básica. Diante da demanda, instituições já adotam este preceito. A partir de 2016, as línguas inglesa e alemã, que já fazem parte da grade curricular da Escola Barão do Rio Branco, serão inseridas também nas aulas de diversas matérias previstas no currículo das turmas do infantil 5 e do 1º ano, através do Barão Bilíngue. Na instituição, o modelo de ensino recebeu os nomes de My School (inglês) e Meine Schule (alemão) e irá incentivar diferentes habilidades linguísticas como falar, ler, escrever e ouvir. O principal objetivo é alfabetizar as crianças na língua materna e no segundo idioma escolhido. “A Escola Barão concebe o bilinguismo como algo processual e contínuo, iniciando com o domínio mínimo do idioma e tendo como objetivo final o domínio pleno”, afirma o diretor, professor Marcos da Silva.
O Barão Bilíngue irá oferecer a imersão cultural através de vivências e atividades, para que os estudantes exercitem o idioma e tenham mais relação com o cotidiano de quem mora nos locais que utilizam as línguas escolhidas. O diretor da Escola afirma que se torna inviável ensinar um segundo idioma sem ter a cultura relacionada. “O contato simultâneo na língua materna e em mais um idioma cria uma experiência escolar diferenciada, que irá resultar em um desenvolvimento global desse estudante”.
Com o bilinguismo, o incentivo ao uso da língua estrangeira é maior no dia a dia, o que torna o aprendizado ainda mais fácil. Segundo estudo realizado na Universidade norte-americana Penn State, o modelo colabora para o melhor funcionamento do cérebro e a forma com que o sistema nervoso reage aos diferentes estímulos sonoros. Também contribui para a interação social, a perda da timidez, o raciocínio rápido, a organização das tarefas, a evitar as distrações, no desenvolvimento da sensibilização multicultural e a manter as informações na mente. “A neurociência já comprovou que a aquisição de línguas estrangeiras nos primeiros sete anos de vida gera uma significativa elasticidade mental. As crianças possuem uma maior flexibilidade muscular do aparelho articulatório, facilitando a produção dos sons e oportunizando uma pronúncia perfeita do segundo idioma”. O professor lembra que, de acordo com estudos, os bilíngues podem ter um desenvolvimento intelectual maior, pois exercitam com frequência a alternância cognitiva da alteração do sistema linguístico.
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Escola Barão do Rio Branco
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