SÃO PAULO (SP) – De acordo com uma nova pesquisa do instituto Datafolha, 34% dos paulistanos já estocam água em casa e 60% afirmam ter ficado sem água pelo menos um dia no último mês. A situação se torna cada vez mais assustadora e o que antes parecia ser impossível, agora é realidade, a água em São Paulo está acabando. Em caráter de emergência, vários condomínios paulistas estão se adaptando à nova realidade e algumas atitudes urgentes foram tomadas. Os mais criativos, desenvolvem técnicas e reservatórios para captar água até do ar condicionado. Já os mais otimistas garantiram caixas d’água para armazenar os pingos de chuva, cada vez mais raros.
Para outros, a tecnologia ainda é uma ótima aliada. De acordo com Reginaldo Pinheiro, sócio e supervisor de serviços de uma loja da capital, a procura por produtos que contribuem na redução do consumo de água está cada dia maior. Finalmente as pessoas perceberam a importância de economizar água em atitudes diárias, como dar descarga, por exemplo. “Antigamente a procura era sempre quando já tinha um vazamento e hoje as pessoas estão trocando os produtos, mesmo que sem problemas, por sistemas sustentáveis”, comenta o lojista. Segundo Reginaldo, um dos sistemas mais vendidos é o Dual Flush, descarga de duplo acionamento que permite uma economia de 50% de água. Este sistema, além da prática instalação, tem um custo benefício excelente. Em sua loja, a venda destes produtos aumentou mais de 60% em 2014.
“O investimento neste tipo de sistema varia de R$80 a R$120, dependendo do kit a ser adquirido, e este valor retorna em forma de economia na conta de água em pouquíssimo tempo”, explica Leandro Censi, diretor comercial de uma empresa que produz o Dual Flush. Outra opção prática e muito barata, custa em média R$60, é o conversor, que transforma mecanismos de saída convencionais em sistema com duplo acionamento. Depois de instalado, o funcionamento ocorre da mesma forma que o Dual Flush. Ambos são para vasos sanitários com caixas acopladas que, por si só, já são um avanço na economia de água em relação às antigas válvulas de parede.
Ainda segundo a pesquisa, 88% das pessoas entrevistadas acreditam que São Paulo corre risco de ficar um longo período sem água nos próximos meses. E quase por unanimidade, 91%, acham que a população ainda será muito prejudicada com esta situação. Com a esperança e o otimismo abalados, a população segue apreensiva e procura na tecnologia e na criatividade, formas de economizar água.
Informações para a imprensa – Oficina das palavras
Slain Franco – [email protected] – (47) 3346-3797 / (47) 9994-1265.
