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Ponto Firme resgata o histórico das artes manuais no Brasil no SPFW N54

Ponto Firme resgata o histórico das artes manuais no Brasil no SPFW N54

Ponto Firme resgata o histórico das artes manuais no Brasil no SPFW N54. Styling do desfile é assinado pela estilista indígena Day Molina que, assim como o Ponto Firme, luta pela descolonização e representatividade na moda

A sétima participação do Ponto Firme no São Paulo Fashion Week propõe uma reflexão sobre o resgate e a valorização da cultura e identidade brasileira. Tem como referência o Manto Cerimonial Tupinambá, confeccionado no Brasil entre os séculos 16 e 17. A coleção conta com 30 looks, todos produzidos com fios da Círculo S/A por mais de 30 artesãos, participantes da Escola Ponto Firme e também por alunos do Projeto Ponto Firme, que são detentos da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey. O desfile está marcado para o dia 19 de novembro, às 16h, no Komplexo Tempo e conta com o apoio da Círculo S/A, Rider e Brazil Foundation.

O Manto Cerimonial Tupinambá, principal inspiração para o desenvolvimento desta coleção, é símbolo da memória e da resistência do povo indígena Tupinambá. “Sua história nos leva aos tempos remotos dos primeiros encontros com europeus que aportavam na costa brasileira e nos atualiza sobre a história recente de luta pelo reconhecimento da identidade, dos direitos e da terra indígena”, comenta Gustavo Silvestre, estilista que coordena o Ponto Firme.

A stylist indígena Day Molina vem para contribuir com o seu ativismo e experiência, unindo forças com o Ponto Firme, que traz uma forte mensagem social em cada edição do SPFW, evidenciando alguma questão que precisa de voz. Nascida em Niterói (RJ), a família materna de Dayana é originária da aldeia indígena Fulni-ô, no sertão de Pernambuco. “A representatividade não é só sobre ter uma modelo na capa. Precisamos descolonizar o nosso olhar, a nossa mente, a nossa escuta. Por muito tempo, se teve esse olhar eurocêntrico sobre a vida, sobre os comportamentos, as tendências de moda e beleza. Precisamos ver aquilo que é original desse país como algo belo. É importante que haja diversidade para que todas nos sintamos bem e representadas enquanto mulheres e indivíduos humanos”, pondera.

Serão aproximadamente 30 looks produzidos para o desfile da SPFW, todos com fios da Círculo S/A. Os fios mais utilizados da marca são: Susi, Barroco Maxcolor, Queen, Barroco Natural e Barroco Decore Luxo. Mais de 30 artesãos participaram do desenvolvimento da coleção, entre os alunos detentos, egressos do sistema prisional, pessoas trans em situação de vulnerabilidade social e também refugiados. Além disso, serão apresentadas peças desenvolvidas por artesãos indígenas com curadoria de Day Molina.

Ponto Firme resgata o histórico das artes manuais no Brasil no SPFW N54

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Nesta edição, também serão apresentadas as papetes Rider NX em collab com o Ponto Firme. Logo após o desfile, os modelos estarão disponíveis na loja Rider, recém-inaugurada no Copan, em São Paulo. O Ponto Firme também vai disponibilizar, neste mesmo local, elementos exclusivos de customização desenvolvidos à mão pelos integrantes do Projeto Ponto Firme. “Esta é uma ação inédita e estará disponível em quantidade limitada para quem adquirir uma Rider NX Papete na loja. Assim como nos modelos apresentados na passarela, os clientes Rider, poderão acoplar os componentes customizáveis, desenvolvidos pelo Ponto Firme, em suas papetes”, explica Silvestre.

Os artesãos do coletivo Artesanato Chave também participam da coleção. O grupo de artesãos e artistas é formado por três jovens da periferia de São Paulo, Vitor Siqueira (Crochê de Vilão), Diego Henrique Domingos (Arte do Magro) e Matheus Rodrigues (Sem Nome Ateliê), que desenvolveram peças como bonés, chapéus, bolsas e chaveiros exclusivamente para a coleção. “O trabalho feito nos bonés de crochê vai além da arte manual. É uma linguagem desenvolvida por jovens da periferia e também em presídios. A gente vê uma sinergia muito grande entre o Projeto Ponto Firme e o que eles fazem, já que são jovens da periferia, muitas vezes inviabilizados ou estigmatizados. Então acreditamos que é super importante darmos esse apoio para que eles sejam vistos como os artistas que são”, pondera Silvestre.

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Círculo S/A

A empresa é a maior fabricante de fios para trabalhos manuais da América Latina e desenvolve produtos e acessórios para artesanato. Há 84 anos no mercado, exporta para mais de 40 países e é a marca com maior atuação do segmento no país. Conta com mais de 500 produtos em seu mix e, através do Time de Artesãos, que soma 13 profissionais, oferece suporte na educação e profissionalização do artesanato, com workshops em todo o Brasil, além de estimular quem pratica o trabalho manual como hobby, oferecendo e-books gratuitos, aplicativo próprio e publicações especializadas em tricô, crochê, amigurumi e bordado.

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Crédito das fotos: Danilo Sorrino

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