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Projetos ambientais, urbanísticos e investimentos privados focam o Rio Camboriú

CAMBORIÚ/BALNEÁRIO CAMBORIÚ – Reza a História que foram os primeiros imigrantes, ainda nos anos 1800, que, aproveitando a língua Tupi-Guarani, batizaram inicialmente o rio e mais tarde dois importantes municípios de Santa Catarina. Camboriú, de acordo com os relatos históricos, seria uma relação ao morro que lembra um seio feminino e pode ser avistado de diversos pontos do leito do rio. Na linguagem indígena, Cambu significaria mamar e Ruru seria o recipiente para esse ato. Foi em torno deste importante local de outrora águas límpidas que foram erguidas duas cidades. Crescimento que, ao longo dos anos, mudou a paisagem e, agora, o ritmo coletivo é para revitalizar o Rio Camboriú.

A preocupação une população, iniciativa privada e administração pública.  Em Balneário Camboriú, por exemplo, a Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) executa duas etapas da obra da Estação de Tratamento de Esgoto, localizada no bairro Nova Esperança. Os serviços desenvolvidos pela equipe da autarquia estão em andamento com a finalidade de proteger o meio ambiente e reduzir o volume de esgoto conduzido ao Rio Camboriú, além de acabar com o mau cheiro das lagoas de estabilização, que incomodam os moradores da região. Com o novo sistema, a parte sólida será separada da líquida, aumentando a pureza do que precisar ser despejado nas águas do Camboriú.

Estão sendo investidos R$ 22 milhões. Balneário Camboriú tem hoje uma capacidade de tratamento equivalente para 86 mil habitantes e um sistema com baixa eficiência (45%) em que a maior parte dos efluentes é despejada diretamente no Rio Camboriú. O novo sistema denominado ‘lodo com aeração prolongada’ vai tratar o esgoto produzido por uma população estimada de 256 mil pessoas, com eficiência de 95%. A estimativa é de que a estação seja suficiente para atender a população até 2029.

            Com a recuperação das águas, a ideia é utilizar o local de forma sustentável, numa nova iniciativa para incrementar o turismo do já famoso balneário. O arquiteto Ênio Faqueti, por exemplo, que também preside o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, está há três anos desenvolvendo um projeto de revitalização urbanística atrelada à sustentabilidade. Ele propõe um parque urbano, com ciclovias, trilhas e muito verde. O profissional ainda projeta um terminal aquático, algo como uma estação para embarque e desembarque de passageiros de meios aquáticos, um zoológico linear e espaços para as casas noturnas, tal qual era a Barra Sul até cerca de 10 anos atrás. “Essa não é uma ideia pronta, podemos fazer alterações e acrescentar informações que nos levem ao uso planejado de toda a região. O importante é fazer de forma consciente, num trabalho conjunto entre governos, iniciativa privada e toda a sociedade”, declara Faqueti.

A construtora Mendes Sibara também aposta na revitalização do Rio Camboriú. Projetou um empreendimento milionário que será lançado em setembro e previsão de entrega até 2013. O Marina Beach Towers une ousadia, conhecimento e muita tecnologia, que resulta em um dos mais complexos projetos arquitetônicos aprovados no país. A planta consiste em apartamentos de três ou quatro suítes, num conjunto de duas torres, com 33 andares cada, dois apartamentos por andar e um diferencial que tem como aliado o Camboriú e suas águas: até quatro vagas na garagem e duas na marina.

É o primeiro empreendimento vertical com marina privativa da América do Sul. “Nossa proposta é de ter serviços exclusivos, como a colocação e retirada dos barcos da água, limpeza, manutenção das carretas, enfim, todos os cuidados necessários aos moradores amantes dessa modalidade náutica”, aponta a diretora comercial da construtora, Nathalia Mendes Schaadt. Serão 8 mil metros quadrados de marina, com 16 vagas molhadas e pátio de manobras de 2 mil metros quadrados. Luxo, conforto e qualidade que somarão ao bem-estar do Rio Camboriú. 

 

O Rio Camboriú

É formado por inúmeras nascentes existentes nos Rios do Braço, Meio e dos Macacos. Ao longo das encostas dos morros e montanhas ocorrem cachoeiras e alguns ecossistemas, como é o caso da floresta Atlântica. Entre o rio e seu deságüe, na foz junto ao Oceano Atlântico, ocorrem manguezais que são responsáveis pelo início de boa parte da vida que existe no mar na costa catarinense.

 

 

 

Oficina das palavras Assessoria de Imprensa, Blumenau, SC

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