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Impressões sobre a diferente (e incrível) Islândia


Estava viajando pela hastag #wanderlust no Instagram e acabei vendo a foto de uma cachoeira, que não era uma qualquer. Era linda, mágica e incrivelmente dava para passar por atrás dela. Achei que fosse uma montagem. Como não tinha a localização, nem o nome, acabei ficando com aquilo na cabeça. Lembro até de ter dado um print e enviado para meus amigos viciados em viajar, porém ninguém sabia. Até que um dia ao acaso me apareceu novamente a foto da mesma cachoeira com nome e localização, foi quando decidi ir para Islândia. Ah, o nome? Seljalandsfoss. Vou falar dela adiante, primeiro contarei como começou minha trip.

Eu e minha mãe partimos de Toronto (Canadá) para a Islândia e foi somente quando o avião estava partindo para Reykjavik que descobri que deveria gastar o equivalente a quase R$ 900 de taxi até minha guesthouse (40 quilômetros do aeroporto). Fiquei apavorado! Logo descobri haver um transfer de ônibus até a rodoviária da cidade por um preço um pouco mais razoável: 5 mil coroas islandesas  (cerca de R$ 150). Foi o aí que percebi que iria gastar bastante pela terra gelada. Dito e feito.
Primeira dicada Islândia: Leve dinheiro. O país é muito caro. Eles importam tudo, pois é um país extremamente gelado com pouca terra fértil. A comida é muito cara, mas se você se planejar, fizer uma programação correta, não terá problemas na viagem.

Voltando à chegada. Aterrissamos na Islândia durante a madrugada, por volta de 1h. E para nossa maior surpresa o sol estava lindo! Oi? Como? Uma das coisas mais incríveis para se ver lá no Verão é o famoso sol da meia-noite. Aposto que pensou em acordar às 3h e ir pra laje pegar um bronze né. Kkk Não é bem assim! É um sol estranho, metade fica escuro, a outra com um lusco fusco constante. Esta claridade, com presença do sol, chega a ocorrer por 24 horas seguidas durante o Verão. E, claro, ocorre o inverso no Inverno, chegando às 24 horas de noite.

Segunda dica: se você quer ir ver a aurora boreal, tem que ir depois do dia 15 de setembro até meados de março porque, como falei, enquanto houver sol, não haverá aurora boreal.
Quando acordamos fomos direto para o centro da cidade. É bem tranquilo de andar por lá. Vá de ônibus, nunca de táxi. Fomos ao centro de informação ao turista e lá compramos os passeios. Eles são bem prestativos e escolhem os mais baratos e sugerem os melhores. Pode confiar. No mesmo local também é possível trocar dinheiro.

Terceira dica: você terá que pagar tudo em Coroa Islandesa. Eles não aceitam outras moedas.

Fomos rodar a cidade à espera do nosso passeio que era à tarde. Conhecemos o marco principal que é a catedral Hallgrímskirkja. Ela impressiona pela beleza e altura. Você consegue ver a construção de diversos pontos da cidade. Depois fomos ao porto almoçar. Não espere um mega espaço com vários restaurantes. É bem humilde. Comemos um peixe do dia com uma salada e custou algo em torno de 3 mil coroas  cada pessoa. Até que chegou a hora de pegar o ônibus para fazer o Golden Circle.

Quarta dica: Golden Circle é o principal passeio. Todo mundo faz e com a excursão passa-se em trê
s pontos: Thingvellir National Park (ele é cheio de fendas tectônicas que dividem a América da Europa. Tem lugares em que você pode mergulhar e ver essas fendas), depois o vale geotérmico Haukadalur (onde ficam os gêisers e você terá tempo para tirar aquela selfie perfeita com a água fervente estourando atrás), logo depois a cachoeira Gulfoss (é linda, sai do meio da rocha e termina dentro de outra rocha. Como teve um derrame vulcânico será muito comum você observar que não existem rios expostos com as quedas partindo geralmente das pedras).

Fazendo a linha mochileiro, fomos ao mercado depois do passeio e compramos o suficiente para jantar e comer durante os próximos passeios. Valeu a pena.

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Quinta dica: Lava Cave é uma caverna que foi formada embaixo da lava. Na ocasião chegamos a 3 graus negativos dentro dela. É bastante legal, pois até de você estar em um derramamento vulcânico, você poderá observar vários metais, minerais, estalactites e estalagmites e também algumas bactérias que estão sendo estudadas para mandar a outros planetas já que são extremamente resistentes e não precisam de luz para sobreviver. Depois fomos ao Hraufossar que é um conjunto de cachoeiras onde pode-se observar bem o que falei sobre elas saírem de dentro das rochas. Por fim fomos a um glaciar no Sul da Islândia. Não preciso dizer que era lindo, né? Neste glaciar você pode andar sobre ele, mas é um passeio à parte.

Sexta dica: neste dia finalmente conheci o motivo de ter ido viajar para Islândia. Na verdade eu já estava tão apaixonado por aquele lugar que se terminasse por ali já estaria de bom tamanho… Começamos o dia indo a Vik  na Black Sand Beach que é uma praia com areia preta e alguns visuais incríveis e conhecidos principalmente por fãs de Game of Thrones. Depois fomos a Skógafoss, uma magnífica cachoeira que já fez parte de alguns filmes famosos, como Thor. Por último fomos na Seljalandsfoss e foi mágico! Estava aborrecido porque chovia fraco e pensei que isso poderia atrapalhar a visão. Mas quando descemos do ônibus a chuva começou a amenizar até que abriu um sol LINDO! Me emocionei. A parte da frente da Skógafoss é mais bonita, mas quando você começa a passar por trás dela parece mágica. Linda, surreal. Valeu muito ter ido para ver esta obra da natureza. (Ah, não esqueça de levar uma capa de chuva se for para a Islândia).
Depois de muita emoção com os passeios e muito conhecimento sobre geografia e história viking, tínhamos mais um dia livre e adivinha o que fizemos?

Sétima dica: SIMMMM!!!!  Observar as baleias! Primeiro, não, eu disse NÃO coma carne de baleia. É mundialmente proibido e os próprios islandeses se envergonham sobre aqueles que não respeitam a regra. Segundo os moradores, apenas os turistas comem este tipo de iguaria. Elas são lindas, dão um show na água. O passeio requer muita paciência até porque elas não ficam se mostrando o tempo todo, sobem algumas vezes para respirar. Demos a sorte de ver muitas delas, acho que mais de 50. É um passeio incrível e, no barco, você terá várias explicações sobre elas e outros animais marinhos
Curiosidades sobre a Islândia:

– Carne de cavalo é comum por lá;
– A água contém muito enxofre, portanto será bem comum você achar que todo lugar cheira a esgoto ou a ovo cozido. Mas, mais importante ainda, é cuidar com suas jóias. Eu estava com uma pulseira de prata e ela ficou preta (depois voltou ao normal);
– A Islândia é considerada o país mais seguro do mundo,
– Não existem mosquitos na Islândia,
– É o país com a maior numero de escritores por habitantes do mundo,
– Não vá para o Verão Islandês de bermuda. Confia em mim. É muito frio. Durante o dia a média era de 6 graus;
– Você pode andar a Islândia toda de carro sem se perder, isso porque só tem uma avenida que cruza a ilha toda;
– A erupção do Eyjafjallajoekull paralisou todo o tráfego aéreo da Europa em 2010 e você provavelmente o verá com facilidade;
– A Islândia é super gayfriendly e foi o primeiro país do mundo a ter uma chefe de governo declarada homossexual. A primeira ministra Jóhanna Siguroardóttir;
– Última, porém não menos importante. Dentre os 31 países que conheço, a Islândia está no meu top 3 de lugares mais lindos para se visitar no mundo.

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